Deixem a mulher trabalhar

A cada dia surge no Estado uma nova crise, dando uma falsa impressão de que tudo está errado. As pessoas menos avisadas não sabem que a maior crise é aquela que nos acompanha há quarenta anos, a crise das finanças estaduais, com endividamento crescente e com recursos cada vez mais escassos para o atendimento das funções básicas de governo, como educação, saúde, segurança pública e investimentos em infra-estrutura.
Pois esta crise, pela primeira vez em quatro décadas, está dando sinais de que poderá ser vencida, se certas condições se mantiverem. Que condições são essas? O crescimento de arrecadação e a contenção rigorosa de despesa, coisa que o Governo Federal, por exemplo, não conseguiu fazer.
O Governo Federal também vem obtendo crescimentos inéditos de arrecadação, só que os tem utilizado integralmente em gastos correntes, a ponto de propor a recriação da CPMF, embora com alíquota menor e sob outra denominação.
O governo estadual acabou de lançar diversos dos chamados projetos estruturantes, ao mesmo tempo que vemos muitas empresas se instalarem no Estado, gerando emprego e renda, muitas delas atraídas no Governo Rigotto, que se destacou muito nessa área. A Metade Sul do Estado, depois de um longo período de marasmo, parece que começa a voltar às suas origens de prosperidade.
A taxa de crescimento do PIB estadual, de 7%, superando a tão decantada taxa do país, de 5,3%, não é sequer mencionada. Onde estão aqueles que sempre criticaram o governo estadual, quando o Estado apresentava um crescimento menor que o do país? As secas, o câmbio desfavorável, os preços internacionais reduzidos, nunca serviram de justificativa paro o baixo crescimento do PIB. Será que agora quando a situação se inverteu vão atribuir o crescimento a causas externas?
Muitas coisas estão sendo feitas, apesar das dificuldades, em diversas áreas governamentais. Diante de tudo isso, só me resta fazer uma adaptação daquela frase utilizada na campanha política do atual Presidente, para dizer: deixem a mulher trabalhar!

Publicado no Jornal do Comércio de 13/06/2008.

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