Petrobras e seu monumentais déficits

A imprensa está noticiando  que a Petrobrás registrou em 2017 um prejuízo de R$ 446 milhões, o que, isoladamente, poderia causar estranheza com os constantes reajustes dos combustíveis ocorridos nos últimos meses. Era de esperar um enorme superávit.

Diante disso, resolvemos examinar os balanços da empresa, quando ficamos estarrecidos com os números neles encontrados.

A Petrobras obteve altos lucros em 2012 e 2013, de 21,2 bilhões e de R$ 23,6 bilhões, respectivamente.

A partir de 2014 e 2015 foi quando ocorreu o grande descalabro, com déficits sucessivos de R$ 21,6 bilhões, 34,8 bilhões, respetivamente. Em 2016, embora grande, o déficit foi reduzido por mais da metade em relação ao ano anterior, caindo para 14,8 bilhões.

Para termos uma dimensão desses números, fazemos uma comparação com uma grandeza mais familiar nossa. Compararemos, então,  com a receita corrente líquida do RS, considerada como tal a receita que fica com o Estado após as transferências legais e constitucionais, que, em 2015, foi de R$ 32 bilhões.

Se observarmos que a empresa saiu de um superávit em 2013 de R$ 23,6 bilhões para um déficit de R$ 34,8 bilhões, o rombo nesses dois anos foi de R$ 58,4 bilhões, o correspondente a 1,8 vezes a receita líquida de nosso Estado.

O endividamento líquido passou de R$ 148 bilhões em 2012 para R$ 354 bilhões em 2016, um crescimento nominal de 140% e real de 75%. Voltando a comparação com o Estado do RS, ele foi em torno de seis vezes nossa dívida com a União. Convém frisar que, embora seja uma das maiores empresas do Brasil, estamos fazendo uma comparação com um Estado que tem onze milhões de habitantes.

As causas que levaram a esse debacle empresarial vão, desde a corrupção desenfreada, aos erros administrativos de uma diretoria que foi colocada na empresa para atender interesses pessoais ou partidários que nada tinham a ver com os verdadeiros interesses da organização.

Que esses números sirvam de exemplo para que essas coisas não mais aconteçam!

 

 

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