Darcy FranciscoDarcy FranciscoDarcy Francisco
  • quem sou
  • posts
  • publicações
  • estatísticas fiscais
  • outros autores
  • vídeos
  • contato
Font ResizerAa
Font ResizerAa
Darcy FranciscoDarcy Francisco
  • quem sou
  • posts
  • publicações
  • estatísticas fiscais
  • outros autores
  • vídeos
  • contato
pesquisar
  • quem sou
  • posts
  • publicações
  • estatísticas fiscais
  • outros autores
  • vídeos
  • contato
Follow US
© 2022 Foxiz News Network. Ruby Design Company. All Rights Reserved.
Leitura rápida

Que venha a CPI dos parcelamentos!

Darcy Francisco
Last updated: setembro 28, 2017 8:52 am
Darcy Francisco
Share
SHARE

A oposição quer uma CPI para entender as causas dos parcelamentos salariais, o que não há nenhum sentido, porque  parcelamento salarial é tão ruim aos servidores e tão desgastante ao governo que, podendo pagar em dia, só um governante camicase o faria.

A penúria das finanças estaduais é conhecida de todos e se agravou muito nos últimos anos. Mas, vamos aos fatos:

Com o fim da hiperinflação em 1994, restou ao governo do Sr. Antônio Britto (1995-1998) financiar os déficits por meio de privatização. O governo Olívio, que lhe sucedeu, além dos excedentes de privatização recebidos, sacou do caixa único R$ 4,9 bilhões, em valores de hoje, sem posterior devolução, o que se tornou regra daí em diante.

O governo seguinte, do Sr. Germano Rigotto, aumentou alíquotas do ICMS e sacou do caixa único, em montante atualizado R$ 2,9 bilhões. A seu favor pode ser dito que enfrentou as duas maiores secas das últimas décadas. Iniciou a renegociação da dívida extralimite, completada no governo seguinte, com grandes vantagens ao Estado.

Seguiu-se o governo da Sra. Yeda Crusius, que utilizou R$ 2,5 bilhões do caixa único, somente em seu primeiro ano, para compensar a redução das alíquotas de ICMS, cuja manutenção lhe foi negada, além de ter contado com o produto da venda das ações do Banrisul. Com uma administração financeira séria e responsável e contando com o crescimento da arrecadação, decorrente do “boom das commodities”, praticamente eliminou os déficits.

O governo seguinte, do Sr. Tarso Genro, recebeu o Estado praticamente sem déficit, com R$ 4 bilhões em depósitos judiciais e com 15% de margem de endividamento. Sacou do caixa único em valores de hoje R$ 8,9 bilhões, ultrapassou a margem de endividamento, ao contrair R$ 5 bilhões de empréstimos, e propiciou um crescimento da folha de pagamento de R$ 8,2 bilhões em valores da época, cujo percentual foi de 2,3 vezes o da inflação e 1,5 vezes o do crescimento da receita.

Concedeu, ainda,  reajustes salariais generalizados, muitos em altos percentuais até 2018, sem receita permanente para sua cobertura, conforme determina a lei de responsabilidade fiscal. A seu favor deve ser dito que fez tudo com aprovação unânime do parlamento.

O atual governo recebeu o Estado com um déficit de R$ 5,4 bilhões, com um encargo previdenciário de 32% da RCL, em que 57,3% da folha são inativos e pensionistas. Vem se mantendo como a utilização de R$ 3,8 bilhões do caixa único, da cessão das contas dos servidores ao Banrisul, que lhe rendeu R$ 1,3 bilhão, e diversos outros ajustes, além da redução do serviço da dívida em 2016 (R$ 2,3 bilhões) e sua posterior eliminação, por liminar. Mas isso não é suficiente.

Precisa aderir ao Plano de Recuperação Fiscal, que ainda não será a solução, mas é a única forma capaz de reduzir um déficit de R$ 6,9 bilhões para 2018, cuja receita necessária para cobri-lo  chega a R$ 11 bilhões, devido às vinculações.

O Estado é um doente em estado terminal. Sem o remédio,  morre irremediavelmente. Com o remédio pode, a muito custo, se salvar. Não quero nem pensar na hipótese da não adesão ao plano federal, porque serão os que ganham menos os que mais sofrerão.

Mas se há dúvida a respeito, então, que venha a CPI!

 

 

TAGGED:ICMS
Share This Article
Email Copy Link Print
Previous Article O crescimento da folha de pagamento do Estado
Next Article Uma breve síntese das contas estaduais
2 Comments
  • Francisco disse:
    setembro 28, 2017 às 11:04 pm

    Como quebrar um estado em Estado em quarto anos ? Tarso Genro tem a resposta.

    Responder
  • Darcy Francisco Carvalho dos Santos disse:
    setembro 30, 2017 às 7:22 pm

    Amigo Francisco. O Estado vinha mal de décadas, mas estava se ajustando a partir de 1999, por exigência do acordo da dívida, ao ponto de os déficits terem sido quase eliminados no período 2007-2010, conforme descrito no artigo. De fato, no período 2011-2014, os gastos foram muito além do que a receita permitia. Não é que não se deva gastar mais do que se arrecada em alguns anos, mas não de modo sistemático, como foi feito. O Estado vai levar ainda mais de uma década para se ajustar, mas para isso necessita de reformas e do crescimento econômico. Foram concedidos reajustes salariais excessivos, muitos deles justos e merecidos, mas incompatíveis com a capacidade pagamento do Estado. Abraço.

    Responder

Deixe um comentário para Francisco Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

pesquisar

categorias

Artigo em revista especializada Diversos Economia Estado do RS Finanças Públicas Leitura rápida Municípios Outras publicações Outros Autores Vídeos

mais posts

  • Orçamento federal para 2026, deficitário
  • A situação fiscal do RS 
  • Síntese histórica da dívida estadual
  • O Estado que o próximo governador receberá
  • MEI – uma herança negativa transferida às futuras gerações
  • Necessidade de ajuste fiscal
  • Margens para investir dos estados com destaque para o Rio Grande do Sul

You Might Also Like

Solução para pagamento dos precatórios?

By Darcy Francisco

Circula nas redes sociais um cálculo equivocado sobre previdência

By Darcy Francisco
Leitura rápida

Déficit estrutural do Brasil

By Darcy Francisco

Reforma da previdência: um impositivo

By Darcy Francisco
2025 © Darcy Francisco. Todos os direitos reservados.
  • quem sou
  • posts
  • publicações
  • estatísticas fiscais
  • outros autores
  • vídeos
  • contato
Welcome Back!

Sign in to your account

Username or Email Address
Password

Lost your password?