Sem querer ser dono da verdade, até porque verdade não tem dono, procurei nesta obra explicar, mediante 60 perguntas e respostas, os cinquenta anos das finanças estaduais (1971 – 2021).

Foram analisadas as mais variadas causas que, ao longo do tempo, trouxeram o Estado à essa profunda crise, sendo a principal a irresponsabilidade fiscal que, com raras exceções, dominou a administração pública nos 28 anos, entre 1971 e 1998.

Nesses 28 anos, a inflação e o endividamento esconderam uma crise que, sem elas, ficou de muito difícil solução. A inflação baixou de uma média de mais de 1.000%, com picos muito maiores (IPCA 1990: 1973% e 1993: 2.477%), para menos de dois dígitos a partir de 1995.

Sem a receita inflacionária e não podendo mais se endividar e nem tendo mais patrimônio para vender, a saída que restou a partir de 1999 foi governar com responsabilidade fiscal, o que nem sempre foi seguida.

Finalmente, os últimos governos encaminharam reformas que, no longo prazo, propiciarão as condições para reverter essa situação. Quanto à dívida com a União e o Regime de Recuperação Fiscal, tão questionados, buscamos dar uma luz para seu entendimento.